HISTÓRICO
A gonorréia encontra-se entre as mais antigas doenças humanas conhecidas, havendo referências da uretrite venérea nos escritos chineses, no Velho Testamento bíblico e em outras literaturas da antiguidade. O nome gonorréia origina-se do grego e foi Galeno (130-200 d.C.) que assim a denominou - gonorréia (gonos = espermatozóide + rhoia = corrimento). A designação Neisseria foi dada em homenagem a A.L. Neisser (1879), que descreveu o microrganismo causal.
A gonorréia é também conhecida pelos nomes: blenorragia, uretrite gonocócica, esquentamento e corrimento, afetando principalmente a uretra, tanto de homens quanto de mulheres.
É uma das doenças notificáveis mais comuns nos Estados Unidos causada pelo diplococo Gram-negativo Neisseria gonorrhoeae. A incidência da doença teve um aumento marcante durante a Segunda Guerra Mundial, para sofrer uma redução quando as autoridades de saúde verificaram que a penicilina (1943) era eficaz no seu tratamento.
Mas, após um declínio, tornou a ocorrer um aumento e alguns fatores foram considerados, como:
• O uso de contraceptivos orais e contraceptivos intra-uterinos;
http://deolhos.blogspot.com/2011/07/cientistas-descobrem-tipo-de-gonorreia.html• Aumento do número de pessoas cuja atividade sexual é caracterizada pelo contato com uma série de parceiros sexuais;
• O aparecimento de amostras bacterianas de Neisseria gonorrhoeae resistentes à penicilina (embora raras);
• Impossibilidade da saúde pública e de clínicos detectar todos os contatos de vários indivíduos, portadores ou clinicamente doentes, no sentido de prevenir a transmissão bacteriana.
Embora seja mencionado que o número de casos está diminuindo, provavelmente a incidência real é muito maior, visto que muitas vezes não são notificados. É comum o número de casos masculinos serem maiores que o de casos femininos, porque as mulheres com freqüência não apresentam os sintomas que obrigam os homens a procurarem ajuda médica.
Essa é uma DST prevalecente no mundo todo, sendo que mais de 60% dos casos afeta particularmente a faixa etária de 15 a 24 anos.
No Brasil, os dados de infecção são escassos e não há, atualmente, um mapa de distribuição das doenças sexualmente transmissíveis. Estimou-se que em 2003, mais de 1,5 milhões de transmissões da bactéria causadora da gonorréia, segundo dados do Programa Nacional de DST e AIDS do Ministério da Saúde (http://www.criasaude.com.br/N5390/doencas/estatisticas-gonorreia.html).
Diante da transição epidemiológica que vivemos, da situação de saúde de nossa população e da assistência médica ofertada em nossa rede de serviços de saúde, o fator mais importante da abordagem das DST encontra-se no controle das fontes de infecção, o que só será possível aumentando a cobertura com a abordagem sindrômica, incluindo, o manejo e orientação corretos dos parceiros(as) dos(as) pacientes (Penna, G.O.; Hajjar, L.A.; Braz, T.M. - Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.33 n.5 Uberaba Sept./Oct. 2000).
http://loucuraspatologicas.blogspot.com/2009_09_01_archive.html